"Mais vale a lágrima da derrota, do que a vergonha de não ter lutado, por isso lute por tudo aquilo que sonhaste, mesmo que te custe uma lágrima derramada."
sábado, 25 de setembro de 2010
Relíquias da morte
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Não deu tempo
Para lhe dizer o que eu sentia
Mas tive medo...
Passei noites em claro
em pensamentos,
Mas tive medo...
O tempo passou
As estações passaram...
E o medo se fez refém
da minha coragem.
Em uma linda noite de lua cheia
Eu te esperava,
Entusiasmada para declarar o meu amor
Mas...
Você não veio.
Não porque não quis
Mas porque a vida quis assim...
Chorei muito
Me perdi de mim mesma,
Fugi da minha identidade
Quase enlouqueci...
Não deu tempo,
Para dizer o que na minha
vida inteira
Ensaiei para dizer...
Olho para as estrelas
E como se você fosse uma delas
Declaro que TE AMO,
Que mesmo eu não sendo
uma estrela,
Um pedaço de minha alma
você levou...
E Uma Eterna Saudade Deixou.
Dizer adeus
Num aperto de mão, ficar enfim sabendo, que a gente nunca mais há de se encontrar nessa vida.
Dizer adeus... Pensar no deserto que fica, como no amor que vai e não mais volta; sem ter para essa dor que magoa e castiga; uma palavra acusa um gesto de revolta.
Dizer adeus... Sentir que aquele trem quem em 20 minutos partirá, jamais há de trazer a ventura que leva...é despertar assim de um sonho mais que lindo, para a noite sem fim, para a treva.
Dizer adeus... Sentir que se avizinha o outono, embora ainda resplenda em torno a primavera! Num silêncio, num gesto, antever o abandono que após cada ilusão, alento nos espera.
Dizer adeus... Trazer nos lábios uma prece, lembrando sem cessar quem nos deixou sem pena e buscar esquecer, o que se esquece, solvendo em qualquer taça o prazer que envenena.
Dizer adeus... Suprema angustia de um momento que a distância prolonga. Eterna ânsia entre duas mãos que no mesmo sofrimento desesperado, uniu no momento da partida.
Dizer adeus... Partir ou ficar...que importa? Um dia termina num adeus que se diz com soluços na voz ou risos de ironia na boca que murmura... Adeus... Seja Feliz!.
Luiz Carlos Morales
Despedida
Esse é um momento especial! É hora de olhar para trás e ver por tudo o que já passei. Sem dúvida, muitas tristezas e conflitos mas, felizmente, por inúmeros bons momentos, de alegria, de vitórias e de cumplicidade.
Devo esquecer aqueles que me impuseram obstáculos infundados e agradecer àqueles que me impulsionaram adiante. É hora, mais do que nunca, de valorizar as amizades e os conhecimentos adquiridos aqui.
O pequeno principe
"- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém...
(...)
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego...
E riu de novo.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
AMIGAS
Na mesma data elas nasceram
Em choros e gritos a existência, saudaram
Qual irmãs, sempre unidas, assim cresceram
Universos paralelos, seus destinos mesclaram
A pálida loirinha, calma aberta, mente selada
Indecisa, temerosa a romper seu ninho
A cálida moreninha, alma aberta, mente aguçada
Decidida, audaciosa a tecer o seu caminho
Inseparáveis na tristeza ou na alegria
Brincando ou brigando, rindo ou chorando
Temperamentos opostos convivendo em harmonia
A insegura dependente e a eminente no comando
Trocando brinquedos, ideias, segredos
Entre elas, sinceras, nada escondendo
Sentimento e razão moldando enredos
Em devaneio-fantasia, ambas vivendo
Ei-las mocinhas, verso e reverso, sinas cruzadas
Ser bailarina famosa, enseja a morena,ser amada, apenas, deseja a serena
No jogo da vida, sorte inserida, cartas trocadas
O sonho de uma faz-se na outra... realidade plena
A cálida almeja a fama
Mas é da pálida o estrelato
Nessa, o coração arde em chama
Mas é daquela o amor do candidato
No reino das sapatilhas a loira é soberana
No reino da beleza a morena é alteza
A primeira bailando dissolve timidez... é deusa em forma humana
A segunda encantando envolve altivez... é feitiço em molde princesa
E as duas choram em frustração
Dupla face, inveja mútua, seus lugares trocariam
A loira, pelo beijo do amado, morte-vida... ressurreição
A morena, pela vitória na ribalta que a glória exalta, ….suas lágrimas secariam
Noite de gala, ensaio final
Luzes, sons, brilhos e cores
Nos corredores, euforia geral
Em clima de festa, vibra energia nos bastidores
No camarim, isoladas, duas jovens em meditação
Na tela da mente, imagens a desfilar, lembranças a congelar
E rompendo verdades, rasgando vaidades, surge a resolução
Abdicar...trocar...renunciar...esperanças ofertar
A loira, à expressão da arte anula devoção
De bailarina-primeira, despe o manto
Na dança finda história cedendo à decisão
Chance à morena,a segunda,no palco, dos aplausos, saborear encanto
E ela, a vice, entre flores-homenagem do fiel apaixonado
Da adoração desfia o laço, da dedicatória desafia o traço
Trocando nomes remete â outra, o ramalhete recusado
Chance àquela, na sedução da flor, ilusão-ardor, do eleito, sentir abraço
Integradas ao turbilhão do momento
Por inversas direções em adágio sorrateiro
Saem de cena rescindindo evento
Pensando cada uma fazer à outra o benefício derradeiro
Inútil ou louvável, dos planos o resultado a causar decepção
Lastima o jovem enamorado a perda da morena formosa
No corpo de baile, incerteza-sensação comove plateia em suprema comoção
Foi-se a diva loira; ...apagou-se a estrela auspiciosa
Artifício.... sacrifício.... dosagem certa a mensurar
De musas-personagens rasgadas as roupagens
Solidárias, solitárias em novos rumos a trilhar
Difusas qual miragens, esfumaçadas as imagens
Na linha do tempo, aparente inimigas
….não mais se encontraram
Em pensamento, para sempre amigas
….jamais se separaram
Autora: Sheila Maria
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Equalize
Pitty
Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto pra perto de você
Já vi que não posso ficar tão solta
Me vem logo aquele cheiro
Que passa de você pra mim
Num fluxo perfeito
Enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho, tão de perto
Me balanço devagar
Como quando você me embala
O ritmo rola fácil
Parece que foi ensaiado
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa freqüência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim
Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais
Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar
E o tempo é só meu
E ninguém registra a cena
De repente vira um filme
Todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa freqüência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim
Na sua estante
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu...
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...